23 de janeiro: Dia Internacional da Medicina Integrativa
A Medicina Integrativa é baseada na importância da relação entre o paciente e o profissional de saúde. Essa medicina considera aspectos da pessoa em seu todo e faz uso de todas as abordagens terapêuticas adequadas com profissionais de saúde e disciplinas para obter o melhor da saúde para a cura.
Nessa abordagem, o paciente funciona como seu próprio agente de saúde. Ele é o ator principal no processo de tratamento. Médico e paciente fazem uma parceria onde a pessoa deixa de receber passivamente as orientações de tratamento para uma doença e passa a participar ativamente da própria saúde. A saúde é considerada também uma responsabilidade individual.
E nessa parceria, a medicina integrativa reúne profissionais de diversas áreas e formações, o que é essencial para cuidar da pessoa. Associada ao tratamento da medicina convencional, a medicina integrativa faz uso dos conhecimento de práticas meditativas, técnicas de respiração, relaxamento, atenção plena, uso de fitoterápicos, mas, claro, tudo sempre baseado em estudos e resultados que comprovem a segurança no tratamento.
Marcos regulatórios para a Medicina Integrativa no Brasil
No Brasil, desde 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS tem por objetivo promover as ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades e estimular as ações referentes ao controle/participação social, promovendo o envolvimento responsável e continuado dos usuários, gestores e trabalhadores nas diferentes instâncias de efetivação das políticas de saúde.
Fitoterapia
Como desdobramento, no mesmo ano foi lançada a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, com o objetivo de garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional. Dois anos mais tarde, em 2008, é lançado o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, direcionado a construir e/ou aperfeiçoar o marco regulatório em todas as etapas da cadeia produtiva de plantas medicionais e fitoterápicos.
No ano de 2016, em virtude dos 10 anos da PNPMF foi publicada a edição comemorativa “Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos”, a qual apresenta de forma inédita as publicações da Política (2006) e do Programa Nacional (2008) em um mesmo documento, mantidos os textos originais.
Terapias integrativas
Além da fitoterapia, outras práticas integrativas também são ofertadas pelo Sistema Único de Saúde. Em 2006, quando foi criada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) eram ofertados apenas cinco procedimentos. Após 10 anos, em 2017, foram incorporadas 14 atividades, chegando as 19 práticas disponíveis atualmente à população: ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e yoga.
As terapias estão presentes em 9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios, sendo que 88% são oferecidas na Atenção Básica. Em 2017, foram registrados 1,4 milhão de atendimentos individuais em práticas integrativas e complementares. Somando as atividades coletivas, a estimativa é que cerca de 5 milhões de pessoas por ano participem dessas práticas no SUS.
Evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares. Além disso, há crescente número de profissionais capacitados e habilitados e maior valorização dos conhecimentos tradicionais de onde se originam grande parte dessas práticas. No ano passado foram capacitados mais de 30 mil profissionais.
Fonte: Revista Fitos